
Adoro viajar.
Não gosto de pacotes turísticos, não gosto de excursões.
Gosto de me confundir com as outras culturas, empregnar-me de sons, odores, sabores. Descobrir outros ritmos, outros meios de locomoção.
Ao viajar, aprendo.
E não paro de dizer em casa que um dia vamos voltar à estrada... é bom sonhar!
Ensinamos à nossas filhas a não serem dificeis à mesa. Que tudo é bom. E que têm de conhecer novos paladares, novas texturas, porque não é em paises tão distantes que vão comer um bife com batatas fritas (embora não seja um prato que faça parte da ementa caseira).
Quando estamos em casa de outras pessoas, o facto de recusar um prato pode ser sinal de ofensa.
Os gostos educam-se!

No Natal, o Pai tive um presente muito especial, vindo da República Democrática do Congo, onde nasceu. Larvas secas, uma iguária local.
Ainda não sei prepará-las. Aguardo uma receita.
Mas a vontade é tão grande que hoje resolvi fazer uma Moamba à moda de Kinshasa, acompanhada de Saka-saka, preparada da seguinte forma:
uma lata de folhas de Mandioca devidamente escoada, duas latas de sardinhas em conserva, o molho da Moamba e
piri-piri, o todo cozido em lume brando.

Como não são ingredientes frescos, estou portanto longe de me aproximar dos sabores locais e, se cá é um prato que aconchega em dias de grande frio, là, nos trópicos, é apreciado sobre um grande sol. Aliás, convido-vos a ler com atenção
La Gastronomie Congolaise para melhor entender-la, uma questão cultural, aplicavel em qualquer parte do mundo.
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Daquele continente, vieram estes lindos tecidos africanos, algo de tão inesperado que me sensibilizou profundamente.
Há dias, a
Vera iniciou uma nova página, em português. É a minha evasão para além fronteira.