quarta-feira, 29 de julho de 2009
A geografia
Este livro pertenceu à minha avó e é com ele que nos propusemos fazer uma viagem, aproveitando a geografia para explorar alguns lugares da minha infância.
Deixo esta manta por alcochoar e das poucas coisas que levamos, esta lã para fazer o mesmo par de meias que este.
Até já!
segunda-feira, 27 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
O Vale da Velha
Foi palco de paixões, de sonhos, de projectos.
Mas viveu igualmente de discórdias, de partilhas, de abandono. Até hoje.
O Vale da Velha é nome de um lugar. Um belo pedaço de terra. Com vista sobre as serras envolventes.
Seria fácil imaginar a história daquele vale, onde familiares deixaram há muito, rastos de muitos, muitos anos de lavoura.
Os anos foram correndo, as silvas abraçavam a vinha, o olival caprichava com uma folhagem densa, as arvores de fruta envelheciam sem carinho.
Na primavera, o prado tornava-se bucólico com a densidade de cores. A luz era pura, o silêncio convidava ao concerto da natureza.
Mas era no verão, à sombra do carvalho que os amantes se encontravam.
No outono, o vale vestia um tapete de cartuchos deixado por caçadores furtivos.
Ao longo do inverno, o rebanho invadia o mesmo palco, alisando a erva que temia em crescer.
O Vale da Velha deixou de ter estação.
Os sonhos foram-se.
Amo este pedaço de terra no meio do nada.
Quando vejo esta família ou ainda esta, o Vale da Velha devolve-me o sorriso que há muito perdi. E acredito que ainda é bom sonhar em Portugal.
domingo, 19 de julho de 2009
sexta-feira, 17 de julho de 2009
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Conservar (III)
Entre tanta fruta e diversos métodos de conservar os doces (e ainda haverá muito mais a dizer sobre este assunto), os feijões foram os primeiros a aparecer em grandes quantidades no nosso jardim.
O feijão de vagem verde é de "subir" como cá dizem, trata-se duma trepadeira.
O feijão de vagem branca é "moxo" ou seja rasteiro.
Das vagens fiz conservas, porque é possível conservar todo o tipo de leguminosos.
Todas elas foram pré-cozidas em águas salgadas durante alguns segundos.
Utilizei dois métodos de conservar.
O primeiro, após o seu total arrefecimento e secos, foram condicionados em sacos de congelação, identificados e datados.
Mas o método que mais aprecio é o sistema do Familia Wiss.
Nos frascos de vidro coloquei as vagens, enchi-as de água, fechei com a tampa hermética e a tampa de enroscar e dentro duma grande panela dispus os frascos todos, totalmente submersos.
Em cima do fogão, ferveram até chegar aos 100º e mantive a temperatura durante hora e meia. Existe também um tutorial aqui.
Estas conservas vão estar arrumadas ao abrigo da luz e do calor e serão consumidas ao longo do ano.
No nosso jardim, os feijoeiros continuam a dar vagens. Alguns para consumir na hora, enquanto vagem tenrinha, os outros secarão para criar feijão sêco.
E aqueles que não forem consumidos ao longo do ano, serão semeados em Abril, de preferência no quarto minguante!
O feijão de vagem verde é de "subir" como cá dizem, trata-se duma trepadeira.
O feijão de vagem branca é "moxo" ou seja rasteiro.
Das vagens fiz conservas, porque é possível conservar todo o tipo de leguminosos.
Todas elas foram pré-cozidas em águas salgadas durante alguns segundos.
Utilizei dois métodos de conservar.
O primeiro, após o seu total arrefecimento e secos, foram condicionados em sacos de congelação, identificados e datados.
Mas o método que mais aprecio é o sistema do Familia Wiss.
Nos frascos de vidro coloquei as vagens, enchi-as de água, fechei com a tampa hermética e a tampa de enroscar e dentro duma grande panela dispus os frascos todos, totalmente submersos.
Em cima do fogão, ferveram até chegar aos 100º e mantive a temperatura durante hora e meia. Existe também um tutorial aqui.
Estas conservas vão estar arrumadas ao abrigo da luz e do calor e serão consumidas ao longo do ano.
No nosso jardim, os feijoeiros continuam a dar vagens. Alguns para consumir na hora, enquanto vagem tenrinha, os outros secarão para criar feijão sêco.
E aqueles que não forem consumidos ao longo do ano, serão semeados em Abril, de preferência no quarto minguante!
domingo, 12 de julho de 2009
Multi-vitaminada
Foi, numa recente viagem à Lisboa que dei melhor atenção à calçada portuguesa que orna os passeios da Avenida Almirante Reis. Uma feliz coincidência para um dia, apresentar a manta "multi-vitaminada", uma manta pensada exclusivamente para piqueniques.
Voltei là ontem, com a manta acabada.
Lisboa, a cidade que acorda à beira do rio torna a sua luz única. Lisboa, as suas ruas, a sua gente, a sua história.
Kaffe Fassett também passou por esta cidade. Os cenários para apresentar as suas mantas de retalhos são multiplos. Mas o melhor será folheá-lo. Comprei o meu aqui.
A manta, 100% algodão mede cerca de 133cm x 173cm.
Pus em prática alguns conceitos adquiridos aquando do workshop da Rita sem os quais nunca teria alcochoado, sem utilizar a beata de algodão entre as duas camadas, pespontando com a máquina de costura.
Olhar.
Observar.
Anotar.
Cada pedaço de cor, cada pedaço de formas é o ponto de partida para a criação.
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quarta-feira, 8 de julho de 2009
Ela
As manhãs fazem-se preguiçosas. Frente à tigela do pequeno almoço tenta prolongar o sonho que vivía momentos antes.
Passa horas à frente do espelho para pentear os cabelos rebeldes a alinhá-los com disciplina.
Escolhe a roupa a dedo. Assume a definição das cores.
Durante o dia, afasta-se do grupo e acabo por encontrá-la em leituras profundas.
Nas conversas, fala com pontos de interrogação. A voz não a trai, ela experimenta, ela filosofa.
Mas no canto do jardim ainda ouço grandes gargalhadas partilhadas com as amigas do coração.
São segredos inquebráveis!
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domingo, 5 de julho de 2009
4h
À tarde, com "Livros Andarilhos", entrega dos diplomas, e o clafoutis feito com os pêssegos do jardim, partilhado com toda a pequena comunidade escolar.
Cada um no seu Lugar
De Adriana da Cruz Guimarães
Adaptação da peça "Brincadeiras da Cidade"
por Eduardo Fernandes Gil Gouveia
O Sindicato dos Burros
de Fernando Correia da Silva
Giroflé, S. Paulo, 1963.
Cada um no seu Lugar
De Adriana da Cruz Guimarães
Adaptação da peça "Brincadeiras da Cidade"
por Eduardo Fernandes Gil Gouveia
O Sindicato dos Burros
de Fernando Correia da Silva
Giroflé, S. Paulo, 1963.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Sugestões
Quiz invadir o jardim e debaixo da nespereira colocar a máquina de costura mas a linha para alcochoar a manta acabou.
Não me apetece sair de casa.
O lavadoiro de casa está em obras. As crianças, com os amigos, foram até ao rio para se refrescarem.
À mesa somos tantos e a comer sem maneiras pataniscas de bacalhau. Tripliquei as quantidades indicadas neste livro.
Ando a vasculhar à procura de melhores receitas para muitas bocas, sem ter grande trabalho...
Aceito de boa vontade sugestões!
quarta-feira, 1 de julho de 2009
A silabinha
Foi um ano lectivo "sans relâche" para superar as dificuldades da J.
O ano passado, quando entrou no 1º ano do 1º ciclo, rapidamente nos demos conta que algo se passava e contra ventos e marés, a J. acabou o ano lectivo desfeita, deprimida, atrasada na aprendizagem da leitura e da escrita.
Descobríamos com ela a hiperactividade.
Uma nova escola, uma nova professora, novos colegas também e aos poucos, ela foi falando dela, das suas diferenças.
Tudo ajudou um pouco; o amor, o carinho e o apoio constante das irmãs, da família, da pequena comunidade que a aceitou e a integrou e sobretudo da professora, da equipa técnica e médica que ao longo do ano, todas as semanas com muita persistência demonstraram que é realmente possível desenvolver um trabalho de elevada qualidade em prol da sua recuperação.
Orgulhosa, vai entrar para o 3º ano. O novo ano espera-a, na mesma escola, com os mesmos colegas, com o mesmo apoio e uma nova professora.
Este ano também lhe foi confirmada a dislexia e com a professora, ela descobriu a silabinha.
Hoje acabei o par de meias que ao longo de praticamente todas as quintas-feiras fui tricotando nas salas de espera, como também estas todas.
Estas meias vão para o avô que hoje faz anos, mas antes de mandá-las pelo correio a J. fez questão de me contar uma história: Era uma vez a Mamã que ia fazer com uma meia perdida... uma silabinha"
JOY-EUX A-NNI-VER-SAI-RE GRAND PÈRE!
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