domingo, 14 de março de 2010

"Donne-moi ta langue"





Para combater a ideia crescente duma identidade nacional, uma escola primária de Paris está a levar a cabo um projecto intitulado "Donne-moi ta langue" (dá-me a tua lingua).
Caberá aos pais contar a história do capuchinho vermelho na sua língua materna.
Para ajudar os mais necessitados, uma amiga minha pediu-me para lhe encontrar um livro em português desta mesma história.
Confesso que na livraria não tive grande escolha e acabei por levar a versão de António Rodríguez Almodóvar da editora Kalandraka.
Antes de expedir o livro, tive a feliz supresa de ler uma bonita história onde não faltam expressões idiomáticas que de certeza, os encarregados de educação portugueses terão orgulho em exemplificar.

O projecto, não só visa partilhar as origens tão diferentes uns dos outros, como também valorizar e não renegar, a língua de origem que fora dos pais, dos avôs, na tentativa de que as crianças não a esqueçam e se orgulhem dela.

Uma interessante iniciativa de sensibilização que de igual forma, poderia ser aplicada nas escolas em Portugal.



A verdadeira história do capuchinho
De António Rodríguez Almodóvar
Ilustrações de Marc Taeger
Kalandraka, 2009
www.kalandraka.pt

4 comentários:

Bichos da Matos disse...

Bela iniciativa e belo livro! Boa semana:)

vera disse...

só uma escola ? oh la la

explodingcucumber disse...

Que Capuchinho Vermelho tão castiço :-)
Há uma versão muito cómica (em inglês) em que o Capuchinho leva sopa de couves de Bruxelas à avózinha. No fim o lobo acaba por ter que comer a dita sopa.
Que boa iniciativa, mas pergunto-me se, só por si, fará alguma diferença.

Ana disse...

Em Portugal aprende-se Inglês em todas as escolas do 1o ciclo. Conheço pelo menos uma de 1o Ciclo em que se aprende Crioulo formalmente.
Portanto, já há alguma experiência de aprender outras línguas e em alguns casos a língua materna dos alunos que as frequentam.
Trabalhei em Londres também num projecto piloto, já lá vão 9 anos a ensinar Português a meninos de todas as nacionalidades em escolas onde havia uma enorme percentagem de meninos cuja língua materna era a Portuguesa.