quarta-feira, 31 de março de 2010

A outra casa





Passaram 10 anos desde a última vez que abrimos a porta da outra casa. A outra casa é a outra história. Uma história no singular. Uma outra casa, num outro campo. Quando ainda vivia em Lisboa e não tinha constituído a minha família.
A outra casa é um reavivar de sonhos, de novos projectos, no plural.
Acreditar nos sonhos!

segunda-feira, 29 de março de 2010

Tudo em família



Andamos por aí a tirar fotografias. Até já!

sexta-feira, 26 de março de 2010

Tio Lobo





Há 4 anos atrás, quando se iniciou a fantástica iniciativa "Livros Andarilhos" (já falado aqui), levei para essa noite o livro Tio Lobo de Xosé Ballesteros com as ilustrações de Roger Olmos.
Lembro-me de na altura, sentada na cadeira, com o livro aberto para o pequeno público, partilhar uma das muitas histórias que costumava contar às minhas filhas antes de adormecer.

Ontem, na sede do agrupamento escolar e pela primeira vez no 1º ciclo, nasceu um projecto similar "as palavras também brincam". Apesar da relutância de alguns pais, ainda houve público.
Tal como da primeira vez na escola da nossa aldeia, levei o mesmo livro e com os anos e a experiênça de ver contar histórias por pessoas mais qualificadas nesta àrea, teatralizei, contando, lendo.
O público adorou. A nossa pequena J. agradeceu, orgulhosa.

"Quando anoiteceu, Carmela meteu-se na cama debaixo de sete mantas, e esperou.
Pouco depois, do lado de fora da casa, ouviu-se uma voz:
- Carmela, sou o Tio Lobo, e vou coMER-TE!".


Das sete mantas, juntei os retalhos da primeira manta e não tarda vou começar a alcochoá-la!



Tio Lobo
conto popular adaptado por Xosé Ballesteros
Ilustrações de Roger Olmos
Kalandraka, 2003

terça-feira, 23 de março de 2010

Batalhas de balões de água







A chegada da Primavera trouxe a vontade de brincar no jardim, à batalha de balões de água.
Não há nada como ouvir o riso e as gargalhadas de quem acabou de acertar em cheio no seu alvo ou de quem anda a fugir com o rabo à seringa para não se molhar.
Abrimos portas e janelas para deixar entrar esse renascer da natureza.
Deixei por umas horas este taleigo (agora acabado e disponível aqui) para me juntar à família na guerra dos balões!



domingo, 21 de março de 2010

O conceito "La Droguerie"







O conceito existe há já alguns anos e agrada-me falar dele, até porque era muito interessante ver cá em Portugal o que se faz lá fora e cujo La Droguerie é bom exemplo nisso.
Não sendo uma "experta" em tricot, acabo por comprar modelos vendidos em kit, como esta camisola ou ainda o cardigan que acabo de tricotar. La Droguerie compra os direitos a criadores. Muitos dos modelos são publicados na Marie Claire Idées, outros propostos nos pequenos livros que publicam.
A escolha das lãs é arbitraria. A loja tem uma vasta paleta de cores e qualidade de fios que torna a escolha difícil.



Ainda comprei um kit para fazer em jacquard, umas luvas e uma boína. Mas estes vão ficar para o próximo Outono!

La Droguerie tem um site e um blog.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Breve história



O bisavô Sebastião teria hoje 124 anos.
Viajou pelo mundo, pelas Américas, por Nova York, pelo Rio de Janeiro. Rapidamente fiz fortuna. Regressou à terra. Construiu a casa onde hoje moramos. Casou, fez uma grande festa. Teve descendência. A felicidade tranquila duma longa vida. Deixou-nos aos 96 anos.
Ao remexer nas recordações, encontrámos os passaportes, vários documentos e este lindo papel que forráva o velho baú das viagens transatlânticas.



terça-feira, 16 de março de 2010

Longe vão os tempos...







Umas horas no Porto, enquanto o avião tardava em chegar. Abraçar quem mais esperava.
Ao acaso duma pequena viagem não programada, por entre as ruas da cidade invicta, deparei com uma exposição no Centro Português da Fotografia, onde prometi a mim própria, lá voltar com a M. (por fazer parte do programa escolar de História) para melhor entender o que fora a "Resistência. Da alternativa Republicana à luta contra a Ditadura (1891-1974)".

Longe vão os tempos...

domingo, 14 de março de 2010

"Donne-moi ta langue"





Para combater a ideia crescente duma identidade nacional, uma escola primária de Paris está a levar a cabo um projecto intitulado "Donne-moi ta langue" (dá-me a tua lingua).
Caberá aos pais contar a história do capuchinho vermelho na sua língua materna.
Para ajudar os mais necessitados, uma amiga minha pediu-me para lhe encontrar um livro em português desta mesma história.
Confesso que na livraria não tive grande escolha e acabei por levar a versão de António Rodríguez Almodóvar da editora Kalandraka.
Antes de expedir o livro, tive a feliz supresa de ler uma bonita história onde não faltam expressões idiomáticas que de certeza, os encarregados de educação portugueses terão orgulho em exemplificar.

O projecto, não só visa partilhar as origens tão diferentes uns dos outros, como também valorizar e não renegar, a língua de origem que fora dos pais, dos avôs, na tentativa de que as crianças não a esqueçam e se orgulhem dela.

Uma interessante iniciativa de sensibilização que de igual forma, poderia ser aplicada nas escolas em Portugal.



A verdadeira história do capuchinho
De António Rodríguez Almodóvar
Ilustrações de Marc Taeger
Kalandraka, 2009
www.kalandraka.pt

sexta-feira, 12 de março de 2010

O Taleigo







Arranquei pedaços do céu para fazer este taleigo!
Também está aqui.

quarta-feira, 10 de março de 2010

O ferrador





É uma profissão de desgaste e há cada vez menos ferradores. É uma arte que tem vindo a perder adeptos.
Percorre o país de lés a lés.
Esteve cá hoje e voltará dentro dum mês. O casco do cavalo cresce em permanência e precisa de ser aparado.













E se o ferrador levou muitos coices ao longo da sua carreira, hoje a J. ficou com a marca da ferradura no pé. Coitadinha!

domingo, 7 de março de 2010

As minhas desculpas





Perante algumas mensagens recebidas por correio electrónico, quero apresentar as minhas desculpas a todas as pessoas que se deslocaram ao Jardim da Estrela com o intuito de conhecer ou voltar a ver o meu trabalho.
A viagem de sexta-feira para Lisboa, foi desmotivadora tendo percorrido 300 quilómetros debaixo de chuva. Acabei por ceder aos desejos da minha família, permancendo juntos durante o fim-de-semana.
Não podia prever a carga de humidade e fui desta forma obrigada a proteger os meus trabalhos caprichosos que são, deste mau tempo.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Dum padrão à manta

Passear de máquina fotográfica ao ombro.
Olhar em frente, para cima e para os lados.
Espreitar por trás das portas.
Espantar-se com o chão que pisamos e registar o momento.
Acabo por coleccionar padrões tão diversos e este, viu a luz na forma duma manta.







Aproveitei a merenda nas palheiras para a fotografar.
É um quadrado em patchwork de 1,30 m., inteiramente alcochoado à mão. O verso é uma bonita toile de Jouy. O enchimento e a manta são 100 % algodão.

A manta, como estas têtes de nègre, seguem comigo para a feira Craft & Design no Jardim da Estrela este fim-de-semana, em Lisboa.
Uma oportunidade para as verem de mais perto.
Apareçam!



quarta-feira, 3 de março de 2010

Clouds



On this month everything is cold.
On this place everything is old.
So, now only we are in the blue sky
and I say:"we can try".
But very far away
a voice like you tell me stories.
Today, is a good day.
I have dreams between memories.
And on final day I see one cloud
and listen the loud
music on the city. On this night
I look for the light
planet where we love beautiful clouds.

Matilde, 11 anos.

segunda-feira, 1 de março de 2010

O apagão





Valeu-me no sábado, um apagão de mais de 14 horas e redescobrir o prazer de boas brazas e de refeições à luz da vela, dos jogos de sociedade e aperceber-se de quanto é assustador brincar às escondidas.
De repente, as crianças entenderam como somos dependentes da electricidade.

Valeu-me o rádio a pilhas e o telemóvel para entender a amplitude do apagão.
Foi no meio deste ambiente, quando lá fora os ventos derrobavam pinhais, que acabei as meias. Em jacquard, meninas e meninos fazem uma ronda e iniciam uma dança. A lã Trekking Tweed foi comprada aqui.